"Está a decorrer, hoje e amanhã, a Cimeira do Mundo do Trabalho, organizada pela Organização Internacional do Trabalho e na qual participam diversos líderes, representantes de governos, organizações de trabalhadores e de empregadores.

 

O impacto da Covid-19 no mundo do trabalho, a nível mundial, será o principal ponto da agenda da Cimeira - que decorre em formato virtual - bem como a discussão sobre as ações a tomar para a construção de melhores condições de trabalho no futuro.

 

Na sua mensagem de participação na Cimeira, o Primeiro-Ministro português, António Costa, relembrou que «a pandemia expôs, com uma brutalidade intolerável, as realidades múltiplas e crescentes das desigualdades das nossas sociedades, desigualdades essas que têm largas raízes no mundo do trabalho».

 

Para o Primeiro-Ministro, o combate à precaridade é, pois, «essencial para a defesa da dignidade da pessoa humana» e, também, «para a resiliência da própria sociedade». A este propósito, António Costa referiu que «a regulação do trabalho temporário é pois central e tem de ser um tema da agenda do trabalho digno e com direitos ao longo dos próximos tempos».

 

Transição digital

 

O Primeiro-Ministro disse ainda que a pandemia «acelerou a transição para a sociedade digital, evidenciando muitas das suas oportunidades mas, também, muitas das suas fragilidades».

 

O teletrabalho, o ensino à distância e a medicina à distância, foram algumas das ferramentas enumeradas por António Costa como novas oportunidades e que permitem agora «ter uma maior flexibilidade da nossa vida social, sem que percamos os contatos uns com os outros». É por isso que, segundo António Costa, «a regulação do teletrabalho e, sobretudo, a regulação nas plataformas digitais», devem constar na agenda do trabalho.

 

O Primeiro-Ministro afirmou também que «é fundamental investir nos skills e nos upskills de todos aqueles que são trabalhadores ativos e que muito rapidamente tiveram de se adaptar às novas ferramentas digitais». 

 

Antes de terminar - e ainda no âmbito da transição digital - o Primeiro-Ministro recordou a meta definida na Cimeira Social do Porto, de 7 de maio: «assegurar que 60% dos trabalhadores participarão, pelo menos uma vez por ano, em ações de formação ao longo da próxima década»."

Notícia: Portal XXII Governo

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