Celebração dos 75 anos das Nações Unidas

21 de setembro

 

Senhor Presidente da Assembleia Geral,

Senhor Secretário-Geral,

Excelências,

Minhas Senhoras e meus Senhores,

Este aniversário dá-nos a oportunidade de evocarmos os motivos porque estamos juntos e de reiterarmos o nosso compromisso para com os propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas.

Percorremos um longo caminho juntos desde 1945. Aqui chegados, torna-se claro que precisamos da ONU mais do que nunca.

Apesar de todos os nossos esforços para preservarmos as gerações vindouras do flagelo da guerra, os conflitos ainda persistem em diferentes partes do mundo. Os efeitos corrosivos da desigualdade económica, da corrupção, do populismo, do nacionalismo, do extremismo, do racismo e do preconceito de género enfraquecem as bases das nossas democracias e ameaçam a estabilidade regional e global.

Milhares perdem a vida procurando alcançar novos destinos, em busca de segurança, oportunidades e dignidade.

Não há fronteiras nem para as alterações climáticas nem para as pandemias.

As nossas economias e sociedades estão cada vez mais interligadas e apenas através da cooperação internacional seremos capazes de enfrentar a transformação digital, regular os mercados e reduzir a pobreza. A Covid-19 tornou-nos mais conscientes do que nunca de que somos apenas uma humanidade a partilhar o mesmo planeta.

Temos de cumprir o nosso roteiro acordado, a Agenda 2030 e o Acordo de Paris, de modo a criar um mundo mais justo e sustentável. As alterações climáticas são reais e são uma ameaça existencial para todos nós. Uma palavra especial sobre os nossos oceanos, que constituem a nova fronteira do desenvolvimento humano e se encontram sob uma pressão sem precedentes.

A ONU deve continuar a adaptar-se aos novos desafios - é por isso que apoiamos as reformas do Secretário-Geral.

Em 1945, a comunidade internacional plantou a semente. 75 anos depois, estamos protegidos pela sombra de uma árvore cuja vitalidade depende da nossa vontade política. Os últimos tempos mostraram-nos como somos frágeis, todos nós. Por esse motivo, temos de manter o espírito de 1945, ao mesmo tempo em que enfrentamos os desafios da nossa era, com um renovado sentido de missão e de esperança partilhada.

Obrigado.

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